M.Cheri e o ex-prisioneiro...
Eu estava a procurar minha amiga Marie, aqui mesmo onde moramos, e fui a uma praça onde eu pensei que ela estava a me esperar, por minha falta de sorte, ela não havia nem dado as caras por lá, então resolvi procurá-la, pois precisava falar com ela, já que tinha muito tempo que não nos falávamos.
Como não a encontrei, eu fui à casa da amiga dela, que eu tinha a absoluta certeza de que ela estaria lá, dito e feito, a encontrei, e saímos pelas ruas.
Passeando pelas ruas do meu bairro, com ela, e isso já era umas 8.30 pm, um cara de aparência legal, uns 47 anos, puxou um papo com a gente, dizendo que gostava de conversar e tals, que trabalhava no Senado Nacional, que estava a procurar uma amiga dele que estava na praça a pouco e não estava mais lá, e perguntou se eu conhecia a Estefanie e disse que sim, que já havia a encontrado algumas vezes mais não para bater muito papo, já que ela tem um pouco de ciúmes da Marie, e ele me convidou pra ir conversar com ela e tals.
Fomos, a encontramos, e Eu, Marie, o cara, e a Estephanie fomos conversar na beira de uma rodovia aqui perto chamada, hoje, de Linha Verde, antiga Estrada Parque Taguatinga-Guará – EPTG, e começamos a conversar.
E papo vai papo vem, PS. Esqueci de dizer que fomos ao mercado Pão de Açúcar comprar umas cervejas, falamos um pouco sobre nossas vidas, ele me disse que era casado, inclusive conversamos na frente da casa dele, e disse que tinha 2 filhas lindas, uma mulher educada e que ele trabalhava como motorista no Senado, e que era carioca e tanta coisa que não lembro, quando eu pergunto um pouco mais do passado dele, ele me conta que já foi preso que ficou 18 anos na prisão por trafico de drogas e que na prisão acontecia muita coisa que a gente escuta ouvir falar.
Daí disse que eu estava precisando trabalhar que não estava a encontrar um trabalho legal, então ele me interrompe e me disse – Porque não disse isso antes, conheço um monte de gente que pode te ajudar, faz assim, vem aqui em casa almoçar comigo, com minhas filhas e esposa e vamos ao meu trabalho, nisso a Marie e a Estephanie, já estavam exaustas e resolvemos retornar para nossas casas.
No dia seguinte fui a casa dele almoçar, fomos ao trabalho dele e conheci um assessor de um deputado, e ele me deu uma carta de recomendação. Se bem que não adiantou nada, mais vlw pelo esforço.
O mais engraçado de tudo isso é que eu descobri que nem todo ex-presidiário é mal educado, desocupado, ogro, e ladrão. E que não devemos julgar o passado já condenado das pessoas, e que somos seres humanos e que devemos antes de tudo, respeitar e respeitar as pessoas, mesmo que elas tenham feito algo marginalmente da sociedade.